Começo esta matéria com um vídeo de Afonso Romano, muito bom....
Grande escritor e grande professor o Afonso Romano de S'Antanna, lembro das palestras e aulas que assisti com ele, nos tempos de aluna de Letras, na Faculdade da Cidade, no Rio de Janeiro, idos dos anos 80...
Sem falar que a esposa dele, Marina Colasanti, que foi editora da Revista NOVA da Abril, por muitos anos, tb é excelente escritora e ensaísta, principalmente quando escreve para o público juvenil....
A última vez que estive com Afonso foi em Belém, em 2010, na Feira Pan-Amazônica do Livro, ele deu palestras, autografou livros. junto com grandes figuras da literatura em Belém, como o professor e escritor João Jesus de Paes Loureiro... Afonso, em conversa comigo, manifestava o desejo de conhecer o Acre.
Agora isso aconteceu de fato, no dia 23 de outubro, o presidente da Academia Acreana de Letras fez uma seção para os membros da AAL, na sala de cinema, Filmoteca da Biblioteca Pública Estadual, na ocasião, deu o diploma de membro honorário da AAL.
Poucos membros da AAL prsetigiaram o eventos, muitos por causa das dificuldades da idade, tempo, doenças, e até fora do Estado do Acre... Mas temos colegas confreiras festivas que não perdem uma festa, palestra, oficina, seminário, ainda bem e eu falo da nossa Bruxinha Francis Mary, Maria José Bezerra, Robélia Fernandes, mulheres maravilhosas e cheias de garra e energia....
Professora Maria José Bezerra, Clodomir Monteiro e Afonso Romano
Afonso Romano e Francis Mary Lima
A professora de inglês Raquel Ishii mando um texto sobre Afonso que vou colocar aqui, mas não havia a indicação do autor....
Affonso
Romano de Sant'Anna é um
caso raro de artista e intelectual que une a palavra à ação. Com uma produção
diversificada e consistente, pensa o Brasil e a cultura do seu tempo, e se destaca
como teórico, como poeta, como cronista, como professor, como administrador
cultural e como jornalista.
Com mais de 40 livros publicados, professor em diversas universidades brasileiras - UFMG, PUC/RJ, URFJ, UFF, no exterior lecionou nas universidades da California (UCLA), Koln (Alemanha), Aix-en-Provence (França). Seu talento foi confirmado pelo estímulo recebido de várias fundações internacionais como a Ford Foundation, Guggenheim, Gulbenkian e o DAAD da Alemanha, que lhe concederam bolsas de estudo e pesquisa em diversos países.
Com mais de 40 livros publicados, professor em diversas universidades brasileiras - UFMG, PUC/RJ, URFJ, UFF, no exterior lecionou nas universidades da California (UCLA), Koln (Alemanha), Aix-en-Provence (França). Seu talento foi confirmado pelo estímulo recebido de várias fundações internacionais como a Ford Foundation, Guggenheim, Gulbenkian e o DAAD da Alemanha, que lhe concederam bolsas de estudo e pesquisa em diversos países.
Nascido
em Belo Horizonte (1937), desde os anos 60 teve participação ativa nos
movimentos que transformaram a poesia brasileira, interagindo com os grupos de
vanguarda e construindo sua própria linguagem e trajetória.
Data desta época sua participação nos movimentos políticos e sociais que marcaram o país. Embora jovem, seu nome já aparece nas principais publicações culturais do país. Por isto, como poeta e cronista foi considerado pela revista “Imprensa”, em 1990, como um dos dez jornalistas que mais influenciam a opinião de seu país.
Data desta época sua participação nos movimentos políticos e sociais que marcaram o país. Embora jovem, seu nome já aparece nas principais publicações culturais do país. Por isto, como poeta e cronista foi considerado pela revista “Imprensa”, em 1990, como um dos dez jornalistas que mais influenciam a opinião de seu país.
Nos
anos 70, dirigindo o Departamento de Letras e Artes, PUC/RJ, estruturou a
pós-graduação em literatura brasileira do Brasil, considerada uma das melhores
do país. Trouxe ao Brasil conferencistas estrangeiros como Michel Foucault e
apesar das dificuldades impostas pela ditadura realizou uma série de encontros
nacionais de professores, escritores e críticos literários além de promover a “Expoesia”
- evento que reuniu 600 poetas num balanço da poesia brasileira.
Durante
sua gestão, pela primeira vez no país a chamada literatura infanto-juvenil
passou a ser estudada na universidade e a ser tema de teses de pós-graduação.
Foram também abertos cursos de Criação Literária com a presença de importantes
escritores nacionais.
Foi
autor, dentro da universidade, de trabalhos pioneiros sobre música popular,
como o livro "Música popular e moderna poesia brasileira".
Como jornalista trabalhou nos principais jornais e revistas do país: Jornal do Brasil (pesquisa e copydesk), Senhor(colaborador) ,Veja(critico), Isto É(Cronista), colaborador do jornal O Estado de São Paulo. Foi cronista d da Manchete e do Jornal do Brasil . e está n'O Globo desde 1988.
Considerado pelo crítico Wilson Martins como o sucessor de Carlos Drummond de Andrade, no sentido de desenvolver uma “linhagem poética” que vem de Gonçalves Dias, Bilac, Bandeira e Drummond, realmente substituiu este último como cronista no “Jornal do Brasil”, em 1984. E foi sobre Carlos Drummond de Andrade a sua tese de doutoramento (UFMJ), intitulada:"Drummond, o gauche no tempo", que mereceu quatro prêmios nacionais.
Nos duros tempos da última ditadura militar, Affonso Romano de Sant'Anna publicou corajosos poemas nos principais jornais do país, não nos suplementos literários, mas nas páginas de política . Poemas como “ Que país é este?” (traduzido para o espanhol, inglês, francês e alemão), foram transformados em “posters”, aos milhares, e colocados em escritórios, sindicatos, universidades e bares.
Como jornalista trabalhou nos principais jornais e revistas do país: Jornal do Brasil (pesquisa e copydesk), Senhor(colaborador) ,Veja(critico), Isto É(Cronista), colaborador do jornal O Estado de São Paulo. Foi cronista d da Manchete e do Jornal do Brasil . e está n'O Globo desde 1988.
Considerado pelo crítico Wilson Martins como o sucessor de Carlos Drummond de Andrade, no sentido de desenvolver uma “linhagem poética” que vem de Gonçalves Dias, Bilac, Bandeira e Drummond, realmente substituiu este último como cronista no “Jornal do Brasil”, em 1984. E foi sobre Carlos Drummond de Andrade a sua tese de doutoramento (UFMJ), intitulada:"Drummond, o gauche no tempo", que mereceu quatro prêmios nacionais.
Nos duros tempos da última ditadura militar, Affonso Romano de Sant'Anna publicou corajosos poemas nos principais jornais do país, não nos suplementos literários, mas nas páginas de política . Poemas como “ Que país é este?” (traduzido para o espanhol, inglês, francês e alemão), foram transformados em “posters”, aos milhares, e colocados em escritórios, sindicatos, universidades e bares.
Nessa
época produziu uma série de poemas para a televisão (Globo) .Esses poemas eram
transmitidos no horário nobre, no noticiário noturno e atingiam uma audiência
de 60 milhões de pessoas.
Como
presidente da Biblioteca Nacional — a oitava biblioteca do mundo, com oito
milhões de volumes — realizou entre 1990 e 1996 a modernização tecnológica da
instituição, informatizando-a, ampliando seus edifícios e lançando programas de
alcance nacional e internacional.
Criou o
Sistema Nacional de Bibliotecas, que reúne 3.000 instituições e o PROLER (
Programa de Promoção da Leitura), que contou com mais de 30 mil voluntários e
estabeleceu-se em 300 municípios em 1991 lançou o programa “Uma biblioteca em
cada município”.
Criou
na Biblioteca Nacional os programas de tradução de autores brasileiros, de
bolsa para escritores jovens e encontros internacionais com agentes literários.
Seu trabalho à frente da Biblioteca Nacional possibilitou que o Brasil fosse o
país-tema da Feira de Frankfurt( 1994), o país-tema, na Feira de Bogotá(1995) e
no Salão do Livro( Paris, 1998).
Lançou
a revista “Poesia Sempre”, de circulação internacional, tendo organizado
números especiais sobre a América Latina, Portugal, Espanha, Itália, França,
Alemanha.
Foi
Secretário Geral da Associação das Bibliotecas Nacionais
Ibero-Americanas(1995-1996), que reúne 22 instituições desenvolvendo amplo
programa de integração cultural no continente.
Foi Presidente do Conselho do Centro Regional para o Fomento do Livro na América Latina e no Caribe-CERLALC), 1993-1995.
Como poeta participou do “International Writing Program”(1968-1969) em Iowa, USA, dedicado a jovens escritores de todo o mundo.
Tem participado de dezenas de encontros internacionais de poesia. Esteve no Festival Internacional de Poesia Pela Paz, na Coréia(2005) , realizou uma série de leituras de poemas no Chile, por ocasião do centenário de Neruda (2004), esteve na Irlanda, no Festival Gerald Hopkins (1996), na Casa de Bertold Brecht, em Berlim (1994), no Encontro de Poetas de Língua Latina (1987), no México, no Encontro de Escritores Latino-americanos em Israel (1986).
Mereceu vários prêmios nacionais destacando-se o da Associação Paulista de Críticos de Arte pelo "conjunto de obra".
Foi júri de uma série de prêmios internacionais como o Prêmio Camões (Portugal/Brasil), Prêmio Rainha Sofia (Espanha), Prêmio Peres Bonald (Venezuela), Prêmio Pégaso/Mobil Oil (Colômbia/USA), Reina Sofia (Espanha).
Diversos textos seus foram convertidos em teatro, balé e música e tem diversos CDs de literatura gravados com sua voz e na voz de atores diversos.
Sua obra tem sido objeto de teses de mestrado e doutorado no Brasil e no exterior.
Recebeu algumas das principais comendas brasileiras como Ordem Rio Branco, Medalha Tiradentes, Medalha da Inconfidência, Medalha Santos Dummont.
Amanha, eu volto pra falar mais de um poema de Afonso que eu amo, intitulado MULHER, esperem....
26/10/2013 - MAGA LOPES
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