Mais de dois meses sem nenhum registro não tem desculpa e não vem com essa de não tive férias, estamos em aula ainda do segundo semestre de 2012, que terminam somente em 30 de abril, foi a greve... Ou quer dizer foi meu dente, janeiro de dor, outro canal, uma cirurgia periodontal... Sei... No entanto, as mulheres continuam infelizmente apanhando em toda parte do planeta, crianças morrendo, a fome se alastrando, animais se extinguindo, árvores caindo e florestas queimadas... A LUTA TEM QUE CONTINUAR, vamos denunciar, falar, botar a boca no trombone, escrever, fotografar, pesquisar, sair nas ruas, deletar, fazer boletins de ocorrência e anda logo com isso que o ano já vai indo em fevereiro, estamos nas portas no carnaval mesmo, que não por acaso sempre é porta aberta de novas violências, brigas, assassinatos, despautérios...
Então gente....
Também temos que lembrar das mulheres negras, das desigualdades ainda imperantes, grande maioria delas continuam fazendo trabalhos domésticos, servindo de babás das brancas, cozinheiras, manicures, secretárias, balconistas, uma minoria cursando uma faculdade, empregada dignamente, quantas ainda vítimas de estupro, ignorância, maus tratos, humilhações. Negra protagonista de novela das 8 na GLOBO ainda só temos a Thaís Araújo, agora de cabelo joãozinho, ótimo, porque assim a GLOBO não pode mais ficar alisando e dando padrão de mulher branca para uma negra tão linda como a Thaís Araújo. Juliana Paes Leme e Camila Pitanga valorizadas pelo corpo e traseiro, quando pela atuação e competência?
E das mulheres indígenas, o que dizer de uma comunidade ainda tão ignorada, pisada, sem voz?
Já foram dados alguns passos, temos alguns movimentos organizados, temos uma excelente vereadora indígena em Manaus, Cláudia Tikuna, moça guerreira, a começar de ter que lutar com a própria tribo que não aceita mulheres em cargos de poder. Ela sempre denuncia os desmandos da cidade com as tribos indígenas, relata as discriminações, as humilhações, as desigualdades...
Vou colocar aqui um texto que li no Blog de uma companheira indígena que foi candidata a vereadora nas últimas eleições, a Regina Bivar Silva, KOKAMA da COIAMA:
As lutas das mulheres indígenas
Hoje em dia, a problemática da mulher indígena na cidade e nas comunidades andinas e amazônicas abarca diretamente os aspectos centrais de nosso desenvolvimento como país: a política econômica, agrária, educativa, de saúde, habitação, direitos humanos etc.
Apesar dos séculos transcorridos de constante exclusão, a mulher indígena continua persistindo e transmitindo vida aos povos originários do continente; e é, ao mesmo tempo, a portadora de esperança para o resgate e a visibilização de nossos povos ameaçados.
Seus mecanismos de mudança e resistência, seus processos de constituição de identidades pessoais e coletivas e as mediações, que devem exercer entre identidade e ação, torna-as capazes de encarar os desafios urgentes dos tempos atuais, através de organizações que trabalham e avançam para que possam ser protagonistas, se capacitem e desenvolvam faculdades de liderança que lhes permitam exercer plenamente seus direitos cidadãos a partir de sua própria especificidade étnico-cultural, e participar na vida nacional como portadores de um valioso legado cultural e social e como porta vozes das demandas e propostas dos povos originários.
Fonte: Adital
Apesar dos séculos transcorridos de constante exclusão, a mulher indígena continua persistindo e transmitindo vida aos povos originários do continente; e é, ao mesmo tempo, a portadora de esperança para o resgate e a visibilização de nossos povos ameaçados.
Seus mecanismos de mudança e resistência, seus processos de constituição de identidades pessoais e coletivas e as mediações, que devem exercer entre identidade e ação, torna-as capazes de encarar os desafios urgentes dos tempos atuais, através de organizações que trabalham e avançam para que possam ser protagonistas, se capacitem e desenvolvam faculdades de liderança que lhes permitam exercer plenamente seus direitos cidadãos a partir de sua própria especificidade étnico-cultural, e participar na vida nacional como portadores de um valioso legado cultural e social e como porta vozes das demandas e propostas dos povos originários.
Fonte: Adital
Então, peço desculpas do atraso em começar os registros nesse BLOG em 2013, em fevereiro, e vamos lá, que tem muita coisa para contar nos próximos POSTS, e tenho dito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário