ACHEI ÓTIMA E MUITO OPORTUNA A PULBICAÇÃO DO LIVRO DA PROFESSORA DOUTORA MADGE PORTO DA UFAC EM FORMATO DE EBOOK, FICA BEM ACESSÍVEL, QUALQUER PESSOA PODE BAIXAR PARA LER E A TEMÁTICA É DE SUMA IMPORTÂNCIA EM NOSSO MOMENTO ATUAL - A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER.
Precisamos incentivar leiam sobre os problemas que afligem a todas, sobre a violência contra a mulher, sobre feminismos, políticas para a mulheres, sobre nossos direitos e lutas, por isso estou repassando aqui a reportagem sobre o lançamento do livro da professora Madge Porto no G1 do Acre. Leiam e baixem o livro.
FONTE: http://g1.globo.com/ac/acre/noticia/2016/10/professora-do-acre-lanca-livro-digital-sobre-mulheres-vitimas-de-violencia.html?utm_source=facebook&utm_medium=share-bar-desktop&utm_campaign=share-bar
A professora de psicologia da Universidade Federal do Acre (Ufac), Madge Porto, de 48 anos, lançou no último dia 21 o e-book "A Psicologia na Política para as Mulheres em Situação de Violência: Avanços e Desafios".
O livro digital é fruto de uma tese de mestrado em psicologia clínica e cultura, defendida em 2013 pela pesquisadora. O trabalho, produzido pela Editoria da Ufac (Edufac), está disponível para download e leitura no site da universidade.
Além de professora, Madge é vice-presidente da Associação dos Docentes da Ufac (Adufac), graduada em psicologia pela Universidade Federal de Pernambuco, mestre em saúde coletiva e doutora em psicologia clínica e cultura pela Universidade de Brasília (UnB).
Ao G1, a professora disse que o trabalho é, de certa forma, uma crítica aos serviços de atendimento disponibilizados às mulheres em situações de violência. Ela conta que entrevistou profissionais de Rondônia, Amazonas, Brasília e Acre para a tese em 2011.
"Entrevistei 12 profissionais, sendo seis dos serviços especializados e seis do serviço público não especializado ou de consultórios particulares em Rio Branco. Foram incluídos casas abrigos, centro de referências, maternidade. Todos os serviços propostos pela política pública de atenção às mulheres em situação de violência. Então, é uma demanda que se coloca como importante e aí queria ver como esse trabalho estava sendo organizado", acrescenta.
A pesquisadora destaca que foi detectado, durante a análise, que a grande parte dos criadores dos manuais de atendimento as mulheres violentadas não foram elaborados por psicólogos.
Madge destaca ainda que o trabalho é um dos poucos que levanta a questão dos atendimentos nas unidades de saúde, sendo elas particulares ou públicas.
"Me fez investigar a orientação, que não é de um profissional da área, mas sim de alguém leigo que estava achando que o trabalho tinha que ser desse jeito. O trabalho é recebido com importância, mas não era de fato tratado assim. Tem muitos trabalhos nessa área, mas tem pouquíssimos falando do atendimento psicológico", pontua.
Morando há 14 anos no Acre, quando se mudou de Pernambuco, a professora revela que sempre pesquisou sobre violência contra mulheres, além de ter experiência como psicóloga também na área. Ela destaca que parte da tese chegou a ser publicada em revistas científicas.
"A discussão sobre as questões das mulheres é uma temática que não interessa muito as pessoas. É uma coisa comum, quase naturalizada e problematizar a violência gera alguns incômodos", conclui.